sábado, 8 de outubro de 2011

Incentivo a leitura

Projeto Literário – 1º Semestre 2011
Centro de Educação Infantil O Barquinho Amarelo
1º Período – Professora Adriana

A POESIA, CATA-VENTO DA VIDA

“A POESIA É O CATA-VENTO QUE OS POETAS TEM E OFERECEM A SEUS LEITORES PARA QUE POSSAM GUIAR-SE MELHOR PELOS CAMINHOS DA VIDA.
O PONTO NORTE É MUITO IMPORTANTE PARA SABER ONDE VOCÊ VAI. O POETA, QUANDO SEU CATA-VENTO MARCA O NORTE, FALA-NOS DAS COISAS MAIS IMPORTANTES DA VIDA: DO AMOR, DA AMIZADE E DA BELEZA DO MUNDO.
O LESTE ASSINALA NOSSA ORIGEM, NOSSA PROCEDÊNCIA. OS POETAS ESTÃO NO LESTE SEMPRE QUE FALAM DA SUA INFÂNCIA, AQUELE TEMPO EM QUE ELES ERAM MENINOS OU MENINAS E BRINCAVAM TODO DIA COM OUTRAS CRIANÇAS.
O SUL É UM CAMINHO DE DESCOBRIMENTO. O CATA-VENTO DO POETA ESTÁ NO SUL SEMPRE QUE FAZ VERSOS DE VIAGENS E NOS DESCOBRE NOVAS E MARAVILHOSAS AVENTURAS. E FINALMENTE, O CATA-VENTO ESTÁ NO OESTE SEMPRE QUE O POETA FALA DO LONGO CAMINHO QUE TEM PERCORRIDO.”

Além de estimular a alfabetização e criar o hábito e o gosto pela boa leitura o projeto desenvolveu a linguagem oral das crianças ampliando seu vocabulário, produziu trabalhos artísticos desenvolvendo a capacidade criadora, culminando num sucesso que ampliou o conhecimento do mundo das crianças que ainda aprendem a confrontar realidade e fantasia. A cada poesia aprendida as crianças davam vazão as próprias emoções, comunicando-se diretamente com o seu imaginário e percebendo que os problemas que existem devem ser enfrentados e podem ser solucionados. Através da fantasia a criança compensa as pressões de sua vida e por serem otimistas e transmitirem uma mensagem de felicidade e realização, se aproximam da realidade das mesmas. As histórias educam e estimulam o desenvolvimento da atenção, da imaginação, observação, memória, reflexão e linguagem. Para a prática da Literatura Infantil não existem receitas prontas, o que deve existir é o conhecimento e o gosto do professor aliado a um espírito criativo, pois cada professor é conhecedor de sua realidade e por isso mesmo, deverá procurar melhores meios para desenvolver a sensibilidade literária.
Muitos adultos não gostam de ler, porque não foi desenvolvido neles o hábito e o prazer pela leitura, daí a importância da mesma ser vista como fonte de fruição e prazer. O trabalho com a literatura, o brincar de faz-de-conta é necessário porque imitar diferentes situações permite-nos construir nossa história de vida e outras pequenas histórias, além de participar de atividades de curta duração que envolve tanto o coletivo, com momentos de negociações e limites, permitindo-lhe, assim, maior descontração e autonomia. Enfim, o professor com sua criatividade, inteligência e imaginação saberá dar toques de entusiasmo às histórias, penetrando no mundo da fantasia que as crianças possuem, já que ele é considerado o marco inicial da personalidade da Educação Infantil. Este deve procurar desenvolver seu trabalho com atividades que a partir de leituras do mundo, coloquem os educandos em contato com a leitura e a escrita, favorecendo condições ideais para a alfabetização.


quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A Construção do Número na Educação Infantil

A CONSTRUÇÃO DO NÚMERO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

O trabalho com o número na maioria das escolas infantis baseia-se basicamente no reconhecimento dos algarismos e escritas do mesmo; muitos educadores esquecem da importância da exploração da variedade de idéias matemáticas existentes, referentes a classificação e seriação.
O ser humano desde que nasce está em contato com o número, a começar pela própria idade, onde uma criança pequena sem saber quanto é, mostra com os dedos os anos que tem. Nesta situação, ela não está fazendo a conservação do número, pois ainda não associa número a quantidade, este processo, segundo Kamii (1997, p.26) não ocorre antes dos cinco anos.

Toda criança passa por descobertas, ela precisa mexer, experimentar, tocar para poder assim conhecer o novo. Precisa do concreto para poder estabelecer seus conhecimentos, o qual é obtido naturalmente através do contato com outras pessoas, das interações com o grupo de amigos. É uma construção resultante das ações da criança com o mundo.
A criança da faixa etária entre 2 e 7 anos está estabelecendo a conservação do número, e para isto precisa da relação com materiais concretos, necessita tocar, manusear e experimentar. Se dermos a uma criança cubinhos de madeira, a primeira reação será pegar, virar de um lado para outro, bater um com o outro, e por fim atira-lo longe.
Nesta situação, ela pode reconhecer o objeto, construiu um novo conhecimento, percebeu a singularidade do objeto para agir sobre ele, organizando suas percepções e relações entre formas, peso, tamanho, espessuras.
Uma criança um pouco maior, a qual já fez este tipo de relação parte para um novo conhecimento, o da classificação, a qual já é capaz de perceber semelhanças e diferenças. Um exemplo é o trabalho com os blocos lógicos, o importante é deixá-lo ao alcance da criança para que explore o material. Assim que manteve um bom contato, podemos lançar desafios para que formule hipóteses. O importante é que a criança crie estratégias, ela deverá perceber que existem os grupos das cores, do tamanho, das formas, das espessuras. A próxima etapa é a da seriação, a qual é explorada a construção de série.
O trabalho com a classificação, seriação e quantificação são decorrentes das relações que a criança faz entre os objetos.
Estas atividades iniciais auxiliam a criança a construção do número, a relacionar o numeral à quantidade.
Através da atividade lúdica a criança constrói símbolos.
Elas devem ter a oportunidade de construir as relações matemáticas em vez de simplesmente entrar em contato com o pensamento pronto, formular suas hipóteses a partir de ensaio e erro, para confirmá-las ou refutá-las.Segundo Kamii 1997, pág.28

“... embora a estrutura mental de número esteja bem formada em torno dos cinco para os seis anos, possibilitando à maioria das crianças a conservação do número elementar, ela não está suficientemente estruturada antes dos sete anos e meio de idade para permitir que a criança entenda que todos os números consecutivos estão conectados pela operação de “+ 1”.
A criança está se preparando relacionar quantidade a escrita do número, nos jogos e brincadeiras. Por isso a atividade lúdica, o contato com diferentes materiais é tão importante na Educação Infantil.
As brincadeiras, construções e jogos que fazem espontaneamente com eles, levam as trocas, comparações, descobertas estratégicas. Através dos jogos construirão um pensamento produtivo e raciocínio lógico, bem como terão melhores condições para enfrentarem situações novas e envolver-se com aplicações matemáticas. Com a criança, devemos começar trabalhando com a quantidade, atividades que envolvam a noção do + 1. Só através do concreto ela poderá perceber que dentro do 3 tem o 2, que dentro do 2 tem o 1. Assim que a quantidade estiver bem assimilada pela criança o professor poderá propor jogos intermediários, que trabalhem o número e a quantidade.



Bibliografia:
KAMII, Constance. A Criança e o Número: implicações educacionais da teoria de Piaget para a atuação junto a escolares de 4 a 6 anos. 23ªed. Campinas: Papirus,1997.
SEBER, Maria da Glória. Construção da Inteligência pela Criança: atividades do período pré-operatório. 4ª ed. São Paulo: Scipione, 1995.